"Vazio, vazia,
vazante...
vaso a acolher seus versos,
vazados por entre os dedos
a borrar todas as tintas e
estragar as fantasias,
desmascarar toda a graça,
arregaçar a ferida,
fazer e refazer doer,
num remoer
vazio e sem nexo,
a me esvaziar às colheradas,
numa incessante angústia,
a esvair-me,
colherada a colherada,
sendo menos, cada vez mais."
LuLi